A Procuradoria-Geral de São Gonçalo disse, nesta sexta-feira (30), que está analisando os dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e deverá ingressar com contestação judicial a fim de garantir, ao menos, a manutenção dos valores atuais que a cidade tem direito no Fundo de Participação dos Municípios.
A atual administração reitera que "recebeu com reservas" a informação de que o município sofreu uma redução de mais de 200 mil habitantes, após a recente pesquisa. E disse acreditar que os dados atuais são inverídicos.
"A estimativa populacional de São Gonçalo em 2021 era de 1.098.357 contra os 896.744 cidadãos apontados agora pelo IBGE. A Prefeitura acredita que os dados atuais do censo demográfico não refletem a realidade, já que o município possui 495.325 inscrições imobiliárias", destacou em nota.
Tendo uma média de 2,5 habitantes por residência, segundo o próprio IBGE, só de população dentro das inscrições imobiliárias, a prefeitura continua dizendo que é possível estimar um quantitativo de mais de 1,2 milhão de habitantes.
Na contestação, o município também acrescenta que "deve-se levar em consideração o número insuficiente de recenseadores, devido à diminuição de recursos para o recenseamento".
E também fala da "quantidade de domicílios fechados e de pessoas que não quiseram responder à pesquisa ou que não estavam em casa durante a visita dos recenseadores".
De acordo com a Prefeitura de São Gonçalo, tudo isso pode ser considerado um fator da drástica redução populacional no município.
"A perda de recursos no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pode impactar consideravelmente o desenvolvimento socioeconômico do município de São Gonçalo, cujos indicadores apontam um cenário preocupante. Cerca de 63% das famílias registradas no CadÚnico estão em situação de pobreza ou de extrema pobreza", finaliza.
Questionado sobre os apontamentos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não retornou.
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